terça-feira, novembro 28, 2006

Gouvyas Couvée OP 2000

Belíssimo! Elegante como poucos! Deu-me um enorme gozo! Este não um vinho para meninos, não é um tinto das modinhas. É um senhor bem apresentado! Fiquei estarrecido e comovido.

Região: Douro
Produtor: Bago de Touriga
Nota: 8,5/10

Nota final: Agradecimento ao amigo Manuel Gomes Mota por me ter apresentado esta bela paisagem do Douro

domingo, novembro 26, 2006

Sexy 2004

O nome é tão disparatado como deve ser acertada a pontaria do marketing. Para mim, que sou um pedante confesso, a marca repugna-me e afasta-me, como se me fosse bater na mão quando esta tentasse agarrar uma garrafa. Porém, o destino trocou-me as voltas e os disparates de alguém a fazer uma carta de vinhos deixou-me pouca escolha. Entre as certezas já batidas e repetidas, com previsíveis bocejos, e os rumores desinteressantes, ficou aquele adjectivo estrangeiro a moer-me a curiosidade. Não estava ninguém a ver, o sítio até era escuro e a companhia de absoluta confiança. Pronto, saltei:- Por favor, queria o Sexy»Lá pedi o vinho, envergonhado. Não sendo um estrondo, a «coisa» mostrou-se melhor do que esperava. Tem fruta, compota, muito vegetal, acidez... bebe-se com facilidade e agrado e não tem, felizmente, aquele sabor massificado que anda a passear pelas vinhas e adegas alentejanas. Não faço grandes tenções do repetir, porque não é uma excelência, mas se me vir numa contingência ficarei menos triste em pedi-lo. E continua a marca a causar-me urticária!

Região: Regional Alentejano
Teor alcoólico: 13,5%
Produtor: Fita Preta
Nota: 5,5/10

terça-feira, novembro 21, 2006

Quinta do Vale Meão 2004

Não me quero alongar muito, porque sei que as palavras ficam aquém. É um vinho fácil, guloso e contudo complexo e rico. Apesar do seu forte teor alcoólico, este é um vinho muito sensível e equilibrado, é um Rolls Royce. É dos melhores que já bebi e, sem dúvida, o melhor Quinta do Vale Meão que já provei. Ao apreciá-lo tive a impressão que aquela boa gente que o faz poderá ainda tirar melhor das uvas. São sábios e afortunados. Estou apaixonado por este vinho.

Nota: 9,5/10
Região: Douro
Produtor: Francisco Olazabal e Filhos
Teor alcoólico: 14,5%

sexta-feira, novembro 17, 2006

Redoma Branco Reserva 2005


Efectuado com vinhas velhas de onde sobressaem as castas Rabigato, Codega, Donzelinho, Viosinho e Arinto.

"Depois de colhidas, as uvas são transportadas em caixas de cerca de 25 kg, para adega onde são
escolhidas e posteriormente prensadas. Antes de iniciar o processo de vinificação, o mosto é decantado
a baixas temperaturas durante um período de 16 a 24 horas.
A fermentação ocorreu sem inoculação em barricas novas e usadas de Carvalho Francês em sala com
temperatura controlada. Permaneceu nas barricas em contacto com as borras finas por um período
de 8 meses, sem fermentação maloláctica, tendo sido efectuada batonnage quinzenal de forma a
enaltecer a complexidade do vinho. " (retirado da ficha técnica do vinho propriedade da Niepoort Vinhos SA.).

Região; Douro
Produtor: Niepoort
Graduação: 13%

Mudei o conceito do blog nos ultimos posts e vou continuar pelo menos com este vinho pois merece-o. Não tenho palavras para descrevê-lo.... nenhuma. Este é o melhor vinho branco que provei em toda a minha vida. Isto é um branco. Caro mas valeu todo o cêntimo que gastei nele. Com vinhos assim vale sempre. Já pus de parte mais algum para ver se ainda consigo comprar outra garrafinha.

Nota 10/10

quinta-feira, novembro 16, 2006

Quinta das Cerejeiras Reserva 1990


Efectuado com as Casta Trincadeiro (João de Santarêm ou Periquita). Estagiou em toneis e meias pipas de carvalho. Foi engarrafado em 1999. Foram cheias 19166 garrafas de 750ml, 3000 de 375 ml e 3000 magnun.

Provada garrafa 14635.

Região: Óbidos
Produtor: Quinta do Sanguinal Lda
Álcool: 12,5%

Dizia J.P.Martins no seu guia de 2001, "vinho provado em 2000; A cor sugere mais evolução do que aquilo que o vinho tem na verdade, os aromas estão evoluidos mas ainda cheios de força, com notas de bolo inglês. Na boca surge-nos um tinto muito fino e elegante. É um clássico dos vinhos Portugueses." Quanto ao bolo inglês não sei mas no resto concordo inteiramente ainda hoje, passado 6 anos continua assim. Fantástico mesmo, para um vinho desta idade. Infelizmente era a minha ultima garrafa.. ;((

Nota 7/10.

terça-feira, novembro 14, 2006

Poeira 2002 Tinto

Voltei, estou muito atrasado nas muitas provas para "postar" aqui no blog, mas achei por bem começar com este fabuloso vinho que provei ontem mesmo (que foi o meu dia de aniversário). Sim podem dar-me os parabêns também.

Aqui está um vinho que me surpreendeu (mentira pois já o esperava pelas criticas amigas) apesar do seu preço (como qualquer outro deste nivel ou de baixo nivel mesmo pois são todos carissimos) num Restaurante de Lisboa. Quem quer beber destes representantes do vinho Português paga e não bufa.
Optei por escrever aqui directamente a minha opinião em vez do comentário como costumamos fazer.

Não vou entrar pelos termos técnicos de enólogos ou mesmo especialistas em aromas e sabores, pois não o sou. Adorei o vinho, provei-o à temperatura certa (dizem +-16-18ºC) e aguentei-o até à temperatura a que gosto de beber (+-20ºC). Cheirei, com o pouco cheiro que tenho, saboreei, desgustei e digeri ainda melhor. Se este não é um dos melhores vinhos de Portugal, eu não sei o que é um bom vinho. Só é pena fazerem estas coisas em tão pouco quantidade. É pena mesmo. Acompanhou um couvert "mimo do chefe" (composto por um "consomé", leia-se sopa, de abóbora, um mozarella com tomate e espinafres e ainda escabeche de linguado) seguiu-se uma salada de figados com maçã caramelizada, um bacalhau em pão de azeitonas deitado em leito de cebolinha e pimentos e um carré de lebre.
Infelizmente não durou para a sobremesa mas com certeza a acompanhava bem também.


Região: Douro
Produtor: Jorge Nobre Moreira
Álcool: 13%

Nota 9/10.