quarta-feira, janeiro 06, 2010

Relatório 2009

Estou impressionado. Dois anos após o meu ultimo escrito verifico que continuo com visitas assiduas o que muito me agrada. O meu tempo livre continua manifestamente pouco para ter a participação que voçês leitores merecem.

Dediquei-me este ano a fazer algo que já não fazia faz tempo. Beber o vinho, sem obrigação e unicamente por prazer. Sem provas, sem notas, sem o stress de ter de opinar. Só mesmo pelo prazer do vinho.

Já não o fazia faz tempo. Sinceramente nem me lembro de mais de metade dos vinhos que bebi este ano. No entanto deixo aqui os que me supreenderam deveras e que nem são caros caso ainda se encontrem.

Tinto
Pombal do Vesuvio 2007 Tinto do Douro +-14€ em garrafeira. (Aconselho a guardar e ir verificando)
Meandro 2007 Tinto do Douro +- 10€ em garrafeira. (Aconselho a guardar e ir verificando)
Quinta do Castro Reserva Vinhas Velhas 2007, Tinto do Douro +- 25€ em garrafeira (Aconselho a guardar e ir verificando)
Cedro do Noval 2006 Tinto Regional Duriense +- 16€ em garrafeira (Aconselho a guardar e ir verificando)

Branco (para quem aprecie)
Chardonay da Casa Santos Lima, Branco 4€ em garrafeira

Colheita Tardia
Passi de San Jaen (Aconselharam-me a guardar).
Casal Figueira Vindima (Infelizmente já não se faz pois o enólogo morreu)

Bebi muitos outros vinhos, mas esses já cá cantam e estórias só tem quem os bebeu comigo.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Quinta do Monte D'Oiro 1999 - Homenagem a Antonio Carqueijeiro


"Este vinho em homenagem ao Dr.António Carqueijeiro, foi produzido a partir de castas Syrah (94%) e Viognier (6%). Através de uma monda de cachos severa o rendimento de produção foi muito baiuxo para obtermos um vinho de alta concentração. Estagiou por duas vezes em barricas 100% novas de carvalho françês Seguin Moreau (9 meses em cada barrica nova, num total de 18 meses de madeira) e envelheceu em garrafa durante 1 ano antes do seu lançamento."

Em boa altura o bebi visto que o novo acaba de sair, apesar do seu preço altamente especulativo e proibitivo para o comum dos mortais, está à altura.
Apresenta-se no seu apogeu pois pareceu-nos que atingiu a sua maturidade plena. Notas de fruta silvestre e cereja. Um grande vinho à boa maneira de Bento dos Santos.

Região: Regional Estremadura
Produtor: José Bento dos Santos - Quinta do Monte d'Oiro
Teor alcoólico: 13%
Nota: 9/10

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Gouvyas Vinhas Velhas 2003


Produzido por uvas cultivadas no Cima Corgo (Soutelo do Douro e Vale Mendiz) em parcelas seleccionadas de vinha velha com mais de 60 anos de idade média. Fermentou em lagar com pisa a pé. Iniciou em novembro de 2003 o estágio em barricas novas e de segundo ano de carvalho françês. Em setembro de 2005 foram engarrafadas sem filtração 3500 garrafas.
O meu amigo João trouxe-o para seguir-se ao Charme. Surpresa. Após um Charme em nada lhe ficou atrás. Caso fosse uma prova cega eu não distinguiria um do outro.
Têm uma ligeira diferença, em termos de alcool que se sente. Ligaram muito bem um a seguir ao outro, este Gouvyas está excepcional.
Região: Douro
Teor Alcoólico: 14,5 % vol.
Produtor: Bago de Touriga
Nota: 9/10

Charme 2004


Que se pode dizer de um vinho muito perto da genialidade (para mim). Nada.
Saboreiem-no até a ultima gota.



Região: Douro
Teor Alcoólico: 13,5 % vol.
Produtor: Niepoort Vinhos SA

Nota: 9,5 /10

sexta-feira, setembro 21, 2007

Cruz Miranda 2001


Pensavam que eu não voltava? Desculpem-me mas o tempo não tem sido muito para escrever.

Vou começar pelo último vinho que bebi e vou tentar recuperar muitos deles.


Este Cruz Miranda 2001 trouxe-me um amigo. Ligou e disse este vinho é para bebermos os dois, é um vinho para ti e portanto tens de me convidar para jantar hoje. Lá o convidei e bebemos, apreciámos,"comemos" mesmo o vinho.

Um senhor Alentejano que me trouxe hà memória grandes vinhos do alentejo (Quinta do Carmo 1987, Mouchão 1991, Tinto Velho 1980). Um tipo de vinhos que hoje teimam em não aparecer pois o mercado comercial não o aprecia. É efectuado com a casta Alfrochoeiro Preto.


Citando a garrafa e com poucas alterações; "Vinho denso, apresenta aroma complexo onde as notas de madeira se conjugam com os aromas a passas de ameixa maduras e notas de geleia de chocolate com persistência. Na boca mostra-se de complexidade delicada e de grande robustez".

Não sei se irá aguentar mais alguns anos mas é de guardar uma e experimentar, na minha opinião está já excelente. É um vinho que se come. Adorei e vou comprar o que conseguir arranjar.


Região: Regional Alentejano
Produtor: Teresa Maria Uva Pessanha Barbosa da Cruz Miranda
Teor alcoólico: 15
Nota 8/10

terça-feira, setembro 18, 2007

Lima Mayer 2004


Este ano o de de 2004 foi efectuado maioritariamente com as castas Aragonês e Syrah e em menor quantidade Petite Verdot, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon. Estagiou em barricas de carvalho francês.

Um vinho ao meu gosto. O seu aroma itenso a frutos vermelhos e maduros e o seu corpo possante mas equilibrado deram-me muito prazer. Algo que não tem sido nada normal nos vinhos que provei este ano de 2007.

Gostei, recomendo e já o bebi mais vezes desde a primeira vez.

Infelizmente não se encontra facilmente a não ser em garrafeira ou em Restaurante mas a qualidade preço para o vinho que é, é excelente.

Região: Regional Alentejano
Produtor: Lima Mayer & Companhia
Teor alcoólico: 13.5%
Nota 8/10



PS: Agradeço ao produtor a amabilidade da oferta desta garrafa.

sábado, junho 23, 2007

Babits Tokaji Aszú 5 puttonyos 2000

Neste Tokay a linha força está na fruta. Primeiramente impressionou-me mais na boca do que no nariz, mas o tempo veio alterar essa percepção. Aroma e paladar dominados pelo pêssego com algumas notas de manga. O sabor tornou-se um pouco enjoativo. Por mim prefiro a linha mais tradicional dos Tokay.

Origem: Tokay - Hungria
Produtor: Babits
Nota: 6/10

Oremus Tokaji Aszú 5 puttonyos 1995

Este vinho pareceu-me na boca tão bom quanto no nariz. E no nariz tão agradável quanto belo na vista. Dourado como o âmbar e de aroma a lembrar confeitaria, muito complexo, onde sobressaía o mel. Na boca manteve-se a complexidade: muito gordo, guloso, a lembrar mel, fruta confitada, com mineralidade, alguma acidez. Uma festa.

Origem: Tokay - Hungria
Produtor: Bodegas Vega Sicilia
Teor alcoólico: 11,5%
Nota: 8/10

Rupert & Rothschild Vignerons Classique 2004

É um vinho com muitas notas vegetais. Nota-se lá suavemente o cabernet sauvignon. Vegetal é o termo que melhor define este vinho. Mas encontram-se também em doses macias e cuidadas flores e frutas. Tudo muito discreto e bem medido. Os 15% de álcool passam totalmente ao lado, o vinho está equilibrado. Menos positivo será alguma indiferenciação: não há milagres! Este vinho fez-se com as castas cabernet sauvignon e merlot, por isso tem um perfil muito internacional. Está belo de se beber.

Origem: Western Cape - África do Sul
Produtor: Anthonij Rupert & Benjamin Rothschild
Teor alcoólico: 15%
Nota: 6,5/10

quarta-feira, junho 13, 2007

Chá e vinho

Quem não bebeu chá em pequenino não pode, na idade adulta, dissertar sobre o vinho.

Nota: Este texto é dedicado ao cobarde e mentiroso que andou a escrever de forma anónima no texto sobre o vinho Encostas de Penalva 2004 (estão lá todos os comentários). Já agora se tiver coragem que envie um email.