A marca deste tinto não lembra a ninguém: Porta Fronha! Ai, mãezinha!... Isto lembra «parto-te a fronha» - o que, para quem não sabe, quer dizer partir a cara. Não é bonito para marca. O rótulo, então, é outro desastre! Por que não foi uma empresa de design a elaborar a «fronha» da garrafa? É inacreditável o amadorismo que ainda existe no sector vinícola português. Bem, mas se o rótulo é péssimo e o nome impensável, o que se pode dizer do vinho, que afinal é o que interessa? Tem uma qualidade inversamente proporcional à vestimenta e à designação.
Quando me aconselharam este vinho recusei-o com o argumento primário do rótulo. Aconselharam-me inúmeras vezes e afastei-o sempre por via do nome ou da etiqueta. Contudo, um dia cedi por estar fartinho da insistência da Mafalda Santos, que além de imensa simpatia e competência, sempre me tem dado boas provas, tal como o pai.
Levei a garrafa e abri-a. Tem boa fruta e notas vegetais, com taninos presentes. Gostei. Gostei bastante. Penso que estará melhor dentro de uns anos, não muitos. Por isso comprei mais umas para ver como estarão daqui por uns tempos.
Região: Dão
Produtor: Quinta da Vegia Sociedade Agrícola
Teor alcoólico: 12,5%
Nota: 6,5/10
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